Política de crédito rural oferece instrumentos para incentivar a conservação

A política agrícola tem avançado no sentido de fomentar o financiamento para tecnologias e práticas sustentáveis, ampliando recursos para o Programa ABC e outros programas dentro do Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra). As oportunidades para ampliar o acesso ao crédito rural com incentivo para a conservação foram o tema do webinar “Crédito Rural e Incentivos a Conservação: Avanços no Plano Agrícola e Pecuário e Perspectivas Futuras”, promovido pela Colaboração para Florestas e Agricultura (CFA).

A gerente geral da Agroicone, Leila Harfuch, participou desse debate ao lado de José Angelo Mazzillo Júnior (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA), Juliano Assunção, (Climate Policy Initiative), Rogerio Boueri, (Ministério da Economia), com mediação de André Guimarães (IPAM e cofacilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura).

Entre os avanços recentes nesse sentido, Leila destacou:

  • O aumento na participação do crédito subsidiado para investimentos para alavancar a produtividade, competitividade e renda do agro;
  • O volume de R$ 2,5 bilhões disponibilizados ao Plano ABC com redução nas taxas de juros e outras melhorias;
  • Alinhamento do Crédito Rural com o Código Florestal, com obrigatoriedade do registro do CAR (Cadastro Ambiental Rural), aumento de limite de crédito de custeio para compra de insumos para a regularização ambiental e para produtores que apresentarem CAR validado, e a inclusão da aquisição de Cotas de Reserva Ambiental – CRA nos programas de investimentos, entre outras melhorias;
  • Melhoria dos instrumentos de gestão de risco, como PSR (Seguro Rural), ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), monitor do seguro rural;
  • Maior competitividade na alocação de recursos dos Fundos Constitucionais pela inclusão das cooperativas de crédito na distribuição.

Leila destacou que há oportunidades para avançar na política agrícola para incentivar a conservação. “O público de pequenos e médios agricultores precisa ser priorizado pela política agrícola, por não terem facilidade de obter financiamento do setor privado, especialmente para investimentos de longo prazo. Por outro lado, a transição para o financiamento privado no caso dos produtores de grande porte requer fortalecer instrumentos de gestão de riscos e considerar e monitorar critérios ambientais, sociais e de governança (ASG)”, observou.

Para saber mais, leia a apresentação.

 

Compartilhe: